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terça-feira, 31 de maio de 2011

Dúvida cruel...

Salut!!
Ontem fui na palestra da Maria João e da Nanny do Unzip Canada que teve aqui em Curitiba. Ao contrário do que pensava, a MJ trata de todos os tipos de processos, não só o Federal.Vou fazer uma cotação de quanto é essa consultoria que ela dá porque nos últimos dias estou muito em dúvida se faço o processo de Québec ou o Federal.
Para o de Québec preciso de francês nível intermediário avançado para atingir a pontuação. E isso levará uns bons meses de aulas de francês até eu dar entrada (e irmã morando em Toronto não me dá ponto nenhum).
Já no processo Federal estão quase sobrando pontos (ganho 5 só pelo fato de minha irmã estar lá), mas também sobra preguiça de toda a burocracia de tradução juramentada e me falta o $$$ (se bem que até tenho uma estratégia para isso).
Para o Federal seria só fazer a prova do IELTS (estudar um pouco antes né), juntar a documentação e dar entrada. Já para Québec nem tenho previsão. Segundo o pessoal do Centre Québec só o nível básico leva de 10 a 12 meses. Imaginem p/ chegar no intermediário?
A Mamãe ZO do blog Família ZO no Québec deu a dica de estudar algumas semanas no Québec, mas só terei férias em março do ano que vem, aí não tem como considerar essa opção.
Outra pressão é que em 01 de julho provavelmente irão mudar as regras do Federal... Ainda há vagas para arquitetos, mas e se tiram arquitetura da próxima lista de profissões?
Enfim... estou bem perdida...aceito pitacos!! O que vocês acham?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Viagem para Montréal

Olá! Em dezembro estive com meus pais em Montréal visitando minha irmã e cunhado, vou passar aqui algumas impressões que tive sobre a cidade. No próximo post vou falar sobre Ville de Québec.

Chegamos em Montréal no dia 13 de dezembro, depois de passar 05 dias em NY. Tivemos um probleminha no aeroporto de La Guardia em NY: estávamos cada um com 01 mala e levamos o pôster da foto do casamento da minha irmã (aqueles que ficam na entrada da festa) para ela colocar no ap dela. Ficou uma caixa de aproximadamente 80x80x5cm. Para viagens indo e vindo do Brasil é permitido 02 bagagens despachadas por passageiro, e de NY para Montréal somente 01 mala de 23kg. Como estavámos vindo do Brasil valiam as 02 malas de 32 kg mas a moça do check-in não quis liberar e cobrou excesso de bagagem. Estava com um papel impresso do site da United que dizia que isso era válido até o destino final e a moça não quis aceitar. Irmã acabou pagando o excesso para evitar stress. Mas aí, quando os bilhetes estavam sendo impressos chega o supervisor mostrando para ela que poderíamos viajar com 02 bagagens cada e que ela estava errada. Santo supervisor!! Aí ela estornou o valor do cartão de crédito e deu tudo certo. Em NY ainda não estava nevando. Já em Montréal estava tudo branquinho. A foto abaixo foi tirada quando o avião estava chegando:


Chegando no aeroporto foi super tranquilo. Só nos perguntaram se estávamos trazendo alguma coisa alcoólica. Tive também que correr atrás do poster que estava jogado em um canto pois ele não rodava na esteira. Mas estava inteirinho.
Abaixo seguem algumas fotos aleatórias com comentários:


Vista do apartamento da minha irmã, que morava em Longueuil. Achei a localização ótima. Tinha acesso por uma passarela aquecida até o metrô,  algumas estações depois saía na a "cidade subterrânea", que já dava acesso ao prédio onde ela trabalhava. Ou seja, se quisesse trabalhar de camiseta em pleno inverno dava.

Aqui a vista do apartamento em um dia de sol. Ao fundo o Rio Saint-Laurent e o Estádio Olímpico, que fica numa ilha (tem uma parada do metrô nessa ilha) e depois a próxima parada já é em Montréal. A dúvida é como o metrô passa por baixo do Rio? Algum engenheiro para explicar? hehe

O metrô é antiguinho mas funciona muito bem. Já tinha alguns cartazes por lá mostrando os novos trens (se chama trem?) que eles irão comprar.

Televisão que avisa, entre outras coisas, em quantos minutos chegará o próximo metrô (achei muito legal você saber quanto tempo terá que esperar, e em nenhuma das vezes que utilizei tive que esperar mais que 5 minutos.) Observação ali bem pequena dizendo a temperatura: -13ºC.
 
Mapinha. Para Longueuil tem que pegar a linha amarela. É bem fácil de se locomover por lá. Até mãe e pai que não sabem nada de francês e inglês se viraram sozinhos.

Chegando do mercado. Detalhe para o carrinho. Todo mundo tem essas carrinhos de compras porque muita gente utiliza o transporte coletivo e ninguém merece ficar cheio de sacolas né? Adorei. Tem alguns com estampas bem fashion :P

Atolada na neve. Mas não faça isso com qualquer bota, como eu fiz. Botas brasileiras não servem e você corre o risco de ter os dedos dos pés congelados. Para brincar na neve, nem que seja por 2 segundos, tem que ser uma bota impermeável (dá para encontrar algumas bem baratinhas).

Aqui fotinho na Vieux-Montréal, lugar lindo, parece Europa (nunca estive na Europa mas é o que dizem né, hoho)

Arrêt!!

Mais uma do carrinho de compras, em frente ao prédio onde irmã morava.

Basilique Notre-Dame de Montréal. Igreja maaaravilhosa. Imagine casar lá?

Biodôme de Montréal. Lá deve ser mais interessante no verão.


O milagre da calefação. Piscina quentinha, ambiente quentinho, e lá fora uns -10ºC. Em Curitiba se passa mais frio do que lá, nem pensar em fazer natação aqui no inverno.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Senta que lá vem a história...

Boa tarde! Hoje vou contar a minha historinha sobre imigração:
Como já disse no primeiro post, essa idéia vem e vai na minha cabeça desde 2007 . Nessa época estava completamente decidida a ir para o Canadá, pesquisei tudo junto com a minha irmã mas estava recém-formada, ganhando pouquíssimo...
Irmã e cunhado começaram aulas particulares de francês e estudaram também na École Québec em São Paulo onde moravam. Foram em frente no processo (vou pegar a timeline dela detalhada para colocar aqui, mas ontem ela me disse, acreditem, que o processo federal dela levou 04 meses!! Quase caí pra trás, depois confirmo a informação com ela).
Eu, teimosa igual uma mula quando enfio uma idéia na cabeça, resolvi que queria ir para lá e ponto. Isso não saía do meu pensamento o dia todo. Eram pesquisas e mais pesquisas, horas imaginando minha vida lá, e cada vez mais insatisfeita com minha vida aqui.
Mas não tendo condições de fazer o processo, qual solução eu encontrei? Bingo! Grande idéia Daphne (Daphne é meu "nome de guerra" pois como alguns outros não quero que conhecidos saibam que vou fazer o processo por enquanto)! Resolvi que arranjaria um emprego lá, iria com o visto de Work Permit, e então estando lá aplicaria para a imigração. Aiai como sagitarianos são otimistas e encontram solução para tudo...
Montei meu currículo em inglês, fiz uma bela carta de apresentação, me cadastrei em todos os sites de emprego do Canadá e comecei a mandar currículos igual uma louca, para todo o país. Sério, devo ter mandado mais de 100 currículos para vagas em todos os cantos do Canadá. Óbvio que ninguém respondia, mas eu brasileira e mula teimosa não desistia.
Até que um dia, final de expediente, resolvo dar uma checada nos meus e-mails e tcharan!!! UMA resposta!! Sim!! Alguém me respondeu!! UMA resposta em 100 e-mails!! Tremia igual vara verde. Era um e-mail de umas 04 linhas, bem objetivo, pedindo para eu dar mais informações sobre minha experiência e enviar um portfolio. Na época eu trabalhava com paisagismo, e já tinha feito um estágio anterior também em paisagismo (é uma área que amo e que espero um dia voltar a trabalhar) e essa vaga era para " Landscape Architect / Project Manager" em um condomínio de luxo em Victoria-BC. Perfeito! Então, depois de passar a anestesia inicial, começou a sessão montar portfolio, traduzir projeto por projeto para o inglês (pense uma pessoa procurando todos os nomes de plantas em inglês, ainda bem que existe o nome científico caso escrevesse algo errado). Depois de tudo montado enviei o e-mail e começou a tensão por um retorno, que não demorou muito. A pessoa retornou e eu quase enfiei a cabeça embaixo da terra pois havia respondido "Dear Mrs. L..." e ele respondeu educadamente que era um Mr. não uma Mrs. Muito cuidado minha gente, podia jurar que só mulher tinha aquele nome. Ele gostou muito do meu trabalho, principalmente das maquetes eletrônicas que enviei já que não tinha foto de nenhum jardim montado que fosse de minha autoria. Não sei quantos e-mails trocamos mas em um deles marcamos uma entrevista por telefone. OMG e o fuso? E o medo de ele ligar na hora errada? Separei algumas perguntas que ele poderia em fazer e traduzi tudo, peguei alguns termos técnicos de arquitetura e fiquei com uma colinha na mão esperando o telefonema que atrasou 5 minutos (nisso já estava enfartando).
A conversa foi tranquilíssima, conversamos sobre experiências, sobre a vaga, programas de computador, etc etc. Não vou contar muitos detalhes pois já está virando uma bíblia meu post. Mas ao todo foram muitos e-mails e uns 4 telefonemas, pesquisas sobre como ter o work permit, pesquisas salariais, até que eles me aceitaram e me enviaram uma job offer (que vou colocar abaixo). Tá Daphne e o que você está fazendo no Brasil? O que aconteceu foi que até eles agilizarem a documentação para meu visto, o tempo foi passando, a crise chegou na América do Norte, mercado imobiliário em baixa e acabou que fecharam o setor de paisagismo da empresa. Buááááá.. A pessoa que seria meu supervisor (O Mr não Mrs) me enviou um e-mail contando sobre isso, falando que teve uma proposta para trabalhar em Dubai e que possivelmente teria uma vaga para mim lá também. Perguntou se me interessava, disse que sim. E nisso após algumas semanas ele foi "lutar" pela minha vaga lá e aconteceu algo que me deixou para baixo. Meu CV estava no padrão americano, com foto. Ele levou meu CV para a diretoria da empresa em Dubai e os caras acharam que ele só queria me contratar pela minha aparência!! Afff... depois de tanto trabalho, porfolio traduzido e tudo mais me vem uma dessas... Mas também a essa altura já tinha passado tanto tempo que a idéia já estava quase descartada. Sozinha no Canadá já deve ser complicado, imagine em Dubai? Foi nesse ponto que minha idéia de imigrar congelou.
Mas aprendi algumas boas lições sobre o mercado de trabalho de lá, sobre faixa salarial, sobre contato com empregador, sobre não colocar foto em CV e isso tudo foi muito útil. Ganhei também um amigo canadense pois ano passado resolvi procurar o Mr-quase-futuro-chefe no Facebook, o encontrei (depois de anos descobri como era a cara dele), ele se lembrava de mim e ficou super feliz de retomarmos o contato. Pena que ele mora em Vancouver e não tem nenhum contato no Québec.
Passaram-se alguns anos, alguns empregos, e a idéia de imigrar agora retornou porque além de Curitiba estar virando um inferno tanto em trânsito como em violência, há tempos não estou satisfeita com a "informalidade" da minha profissão aqui no Brasil. Outra coisa é uma boa parte da população não saber para que serve um arquiteto e acha que projeto é só para pessoas ricas, o que não é verdade. Isso tudo é muito desgastante... "O que você faz?" Sou arquiteta. "Ahhh você é engenheira?" Não, sou arquiteta... "E o que um arquiteto faz? Porque contratar arquiteto se engenheiro faz a "mesma coisa"?? Eeeeeta preguiça... Eu sei que não é culpa da população não saber, mas poxa... é um saco!
Em março finalmente consegui um emprego com carteira assinada (não está assinada como arquiteta, óbvio) mas isso já me deu mais segurança quanto a comprovação para o processo, e foi o que reacendeu a chama. Só que dessa vez sem desespero, planejando tudo certinho e focada no Québec, pois estive lá ano passado visitando minha irmã que estava morando em Montréal e é tudo muito lindo, principalmente Ville de Québec, que é para onde pretendo ir. Irmã não mora mais em Montréal pois cunhado recebeu uma ótima proposta de emprego em Toronto, por isso não terei pontos em adaptabilidade. Então tenho que ter um ótimo nível de francês e é este o foco agora.
Ufa, que "postão" gigante. Segue abaixo a "Job Offer" que recebi:

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Palestra Imigração - Curitiba

Ontem teve a palestra de imigração aqui em Curitiba. Foi bem demorada (durou praticamente 3hrs) mas bem esclarecedora, principalmente para quem ainda não sabe nada sobre o processo (o que não é o meu caso, já me considero uma MBA em Imigração de tanto que pesquiso desde 2007).
Começou com uma apresentação da Aliança Francesa, que ofereceu alguns cursos, e depois a palestra com o Sr. Gilles Mascle se dividiu em 03 partes:

- Apresentação sobre o Québec
- Como funciona o processo
- Perguntas

Já havia assistido a essa palestra em 2007 ou 2008 (não lembro) com a Soraya Tandel, mas achei essa melhor, mais completa.
Segue abaixo algumas considerações:

- Prazos: Para a entrevista ele informou de 1mês e meio a 4 meses desde o recebimento do dossiê. Para o Federal primeiro ele disse 10 a 12 meses, aí fez uma cara feia e disse: "Não, agora está demorando mais" e no resto da palestra citou sempre de 12 a 14 meses para o processo federal.
- Ele citou muito a cidade de Trois-Rivière. Em 2007 a Soraya citou bastante Sherbrooke. Acho interessante o futuro imigrante considerar ir para uma dessas cidades menores, pois é onde eles estão precisando mais.
- Sobre as profissões em demanda ele falou mais especificamente sobre TI e Enfermagem. Segundo ele 20% dos enfermeiros do Québec vão se aposentar até 2015. Eles precisam suprir essa deficiência até 2020. A equivalência de diploma pareceu ser bastante simples. Resumindo: chegando lá os enfermeiros fazem um estágio de 6 a 8 semanas em algum hospital, e depois passam por uma prova. Passando na prova já conseguem a licença para trabalhar. Quanto a TI ele falou que a cidade de Québec é um centro financeiro e político com muitas sedes de banco, empresas de seguro, governo etc. sendo uma boa opção para profissionais dessa área.
- Fui na palestra para, além de me atualizar, tirar uma dúvida que é o que mais me preocupa no processo todo: Dos 04 anos que tenho de experiência como arquiteta, 03 deles eu tinha somente um contrato verbal com o empregador. Como comprovar isso? Quando fiz a pergunta Sr. Gilles fez uma cara não muito animadora, e me pediu para falar com ele no final da palestra pois era um caso mais específico. Tinha um advogado com o mesmo tipo de problema. No final falei com ele e a solução que encontramos foi eu anexar os meus quadros de horas e os depósitos mensais na minha conta em nome da empresa do meu ex-chefe. Nisso eu comprovo 1ano e 9 meses. O outro período de 1 ano e 4 meses que trabalhei em outra empresa com contrato verbal ela me pagava em dinheiro. Aí complicou. Já pedi para ela fazer uma carta, mas provavelmente só isso não será suficiente para convencer quem analisar meu processo. Então melhor não considerar esse período no teste online. Uma pena, pois isso está afetando meus pontos. Com 04 anos comprovados eu precisaria somente do primeiro nível do intermediário de francês. Com 03 anos preciso do intermediário avançado, o que acarreta em mais tempo de francês antes de dar entrada no dossiê. Aiai... fazer o que né. O advogado conseguirá comprovar isso com uma declaração da OAB dizendo em quantos processos ele trabalhou. Como eu desenvolvia projetos lá no escritório mas não assinava, não tenho como pegar uma declaração do CREA. A declaração de imposto de renda também resolveria esse problema, mas como sempre fui isenta não tenho essa possibilidade.
Ótima situação a minha. Mas já posso usar isso para quando o oficial me perguntar "Porque imigrar para o Québec?" Aí já digo que uma das razões é a minha profissão não ser valorizada no Brasil e que nenhum empregador assina a carteira porque ninguém paga o piso salarial que a lei determina para o arquiteto, hoho.

Enfim, para que tá iniciando o processo segue abaixo os links fundamentais:
Imigrar para Québec
Empregos do Québec
Avaliação Online

Aqui achei um post sobre uma imigrante que foi para Trois-Rivière. Se alguém souber de algum blog de alguém que foi para lá por favor me indique:
Post Trois-Rivière

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Começando

Olá! Este é mais um blog de uma futura imigrante que irá para o Quebec. A idéia de imigrar veio em 2007, quando minha irmã me contou sobre o programa de imigração e nos interessamos muito, porém na época não tinha experiência profissional nem condições financeiras para dar início a essa idéia. Eis que minha irmã foi com meu cunhado e eu fiquei pra trás me preparando melhor.
Depois de deixar essa idéia de lado por um tempo, realmente vi que o Brasil não tem me dado condições de ter qualidade de vida e segurança razoáveis, então decidi levar o projeto em frente mais como um "Plano B" "Plano Q" rs, sem muita urgência, pelo menos por enquanto.
Estou no começo de tudo. Iniciei o intensivo de francês na semana passada no Centre Quebec em Curitiba e pretendo conseguir o nível suficiente de francês em 06 meses para entregar o dossiê. Vamos ver se consigo.